quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Escritor francês traz esperança ao jovem brasileiro

O escritor e industrial Daniel Fresnot, em viagem à cidade de La Paz, na Bolívia , conhece através da exposição “Crianças da Arte de Rua”, o trabalho voluntário do Grupo Enda, que abriga milhares de crianças bolivianas e assim decide trazer essa ideia para o Brasil.
A iniciativa de concretizar o projeto que Fresnot apenas tinha em seus pensamentos, surgiu quando ele notou a necessidade de acolher esses jovens durante o período noturno, pois ele acredita que não adianta ajudar até as 18 horas, quando o educador volta para a casa e o menino volta para debaixo do viaduto, assim o trabalho que foi feito durante o dia é perdido na noite seguinte.
Considerada a primeira Casa de acolhimento do centro de São Paulo a abrigar cerca de 30 crianças e jovens por dia durante 24 horas, as Casas Taiguara contam atualmente com 5 unidades localizadas nos bairros da Casa Verde, Bela Vista e Luz. Fundada em 1996 por Daniel,a instituição conta com a ajuda de familiares e voluntários e oferece aos jovens brasileiros além de um lar digno, atividades esportivas, culturais e educacionais.
No início, a vida do fundador não foi nada fácil, pois a burocracia da subprefeitura e as dificuldades financeiras, impediam que o projeto fosse rapidamente bem sucedido. No entanto, com a ajuda de voluntários e com a força de seu ideal, o presidente das Casas, aos poucos, foi superando esses obstáculos.“Quem mais me deu forças para que eu não desistisse foi Deus, pois foram surgindo muitas coincidências e assim, as barreiras iam sendo rompidas” diz Daniel Fresnot.
A rotina diária do fundador é sempre a mesma, pois com o auxílio de educadores, sai nas ruas da capital paulista oferecendo melhores condições de vida aos jovens. “Eu vou com o folheto da casa, explico que aqui ele pode tomar banho, comer e voltar à escola, se for conosco”, diz Daniel Fresnot.
A maioria das histórias de vida das crianças abandonadas nas ruas resumem-se em maus tratos por parte dos pais, tentativa de abuso sexual, dependência química e muitos outros fatores que assombram a realidade de uma sociedade desigual. “Não gosto de comentar da minha mãe e do meu pai, por que é só tristeza, só lembro coisas ruins” diz Roger Silva, habitante da República Jovem Taiguara.
Existem casos em que muitas crianças e jovens voltam para as ruas por opção própria, nesses momentos Fresnot tenta novamente recuperá-los, mas muitas vezes, não obtém êxito. “Fico muito contente ao ver que nossas crianças se dão bem aqui, ficam felizes, se empenham nos estudos e nas atividades que oferecemos à elas, mas fico triste quando não consigo manter algumas conosco. Nessas horas, tenho a sensação que poderia fazer muito mais.”, diz o presidente.
Para doações entrar em contato nos telefones: 3101-8421/
3106 3851
Texto realizado por mim para o Jornal Experimental da Universidade

2 comentários:

  1. Eu vi tudo isso de perto e é impressioante como vc descreveu tudo aquilo... tem talento, parabénss Aninhaa! Apesar de ser PP, eu sei reconhecer uma boa matéria né... eauhEAUEa.

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  2. Muito bem, senhorita jornalista! Está aprendendo!
    Titio está orgulhoso.

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